terça-feira, 13 de setembro de 2011

Pobreza nos EUA chega ao maior nível desde 1993

O Escritório do Censo dos Estados Unidos divulgou, nesta terça-feira (13), dados que revelam a extensão do impacto que a crise dos últimos anos e a recuperação lenta da economia tiveram nos Estados Unidos. Segundo o Censo, o número de pessoas consideradas pobres chegou a 15,1% da população, a maior porcentagem desde 1993. A alta no índice de pobreza (que era de 14,3% em 2009) foi a terceira consecutiva nos Estados Unidos. A elevação significa que, entre 2009 e 2010, 2,6 milhões de pessoas se tornaram pobres no país, levando o total para 46,2 milhões, o equivalente à toda a população da Espanha. De acordo com o Censo, os negros e os hispânicos são os mais afetados pela pobreza nos Estados Unidos. No primeiro grupo, 27,4% estão na pobreza, pouco mais que os 26,6% de hispânicos. Entre os classificados como brancos, 13% vivem abaixo da linha da pobreza e, entre os asiáticos, são 12,1%. Os habitantes dos EUA que não são cidadãos americanos formam o grupo mais afetado pela pobreza se analisada a naturalidade da população. Entre eles, 26,7% são pobres. Na outra ponta da tabela estão os estrangeiros naturalizados americanos, grupo no qual 11,7% vivem na pobreza. Entre os americanos nascidos no país, a pobreza chega a 14,4%.
Quem é pobre? Cada país tem seus critérios e padrões para definir quais são as linhas de pobreza e extrema pobreza dentro de seus territórios. No caso dos Estados Unidos, o Escritório do Censo define como pobres indivíduos com renda anual de US$ 11.139, ou US$ 928 por mês, cerca de R$ 1.587. O valor diminui conforme o tamanho da família. Se considerada uma família de quatro pessoas, por exemplo, a renda limite é de US$ 22.113. Por pessoa, por mês, seria algo em torno de US$ 460, o equivalente a R$ 789. Esses padrões são muito mais elevados que os do Brasil. No início do ano, quando lançou o programa Brasil sem Miséria, o governo brasileiro determinou que viviam na pobreza extrema (e não apenas na pobreza) as pessoas de famílias com renda per capita mensal de R$ 70. Isso significa que 16,2 milhões de brasileiros (8,5% da população) são extremamente pobres. Época

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