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segunda-feira, 18 de abril de 2011
A construção de nós mesmos
A cultura em que vivemos gerou alguns desajustes na formação do homem. Um dos elementos é que o privou de olhar para dentro de si mesmo e perguntar-se acerca de quem ele de fato é, o que sente, o que quer para sua vida, o que lhe traz verdadeira felicidade, qual é o sentido de sua vida. Não há, enfim, um convite à reflexão e construção da própria identidade; pelo contrário, há, por todos os lados, vias para distrair-se, fugir e esconder-se permanentemente de si mesmo.
Porém, o homem é predestinado a conhecer-se e a construir-se, e não tem cumprido essa missão.
Para os antigos gregos, seria necessário estabelecer um diálogo com a Alma, ou seja, descobrir o que nos faz trair a nós mesmos quando não cumprimos com o que havíamos decidido ser e fazer; é preciso visualizar com clareza aonde queremos chegar, como queremos nosso futuro. Vida sem encontro consigo mesmo não é vida, é embalagem vazia, mera fachada. Somos, na realidade, embalagens de um ser superior, nossa própria essência e identidade.
E como encontrar esse verdadeiro eu?
Algumas sugestões seriam: estabelecer aonde queremos chegar com nossas vidas, refletir sobre nossas ações diárias, perguntar-nos se temos sido um fator de soma para nós mesmos e para o mundo à nossa volta, tomar as rédeas de nossas ações, ou seja, determinar o que queremos mudar em nós mesmos e começar imediatamente. O fim de um ano, de um ciclo, é sempre um convite a refletir e a renovar-se, a renascer; o resultado de nossas vidas dependerá de quantos convites da vida fomos capazes de rejeitar ou aceitar.
Lúcia Helena Galvão
Diretora e professora voluntária da
Escola de Filosofia Nova Acrópole Lago Norte-DF/blog Sócrates, o tal da Filosofia
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