sexta-feira, 8 de abril de 2011

Jovens que ouvem música por muito tempo tendem a ser deprimidos e entre os que gastam muito tempo lendo, as chances são menores


Adolescentes que passam mais tempo ouvindo música estão muito mais propensos a sofrer de depressão, ao passo que os jovens que passam mais tempo lendo livros correm bem menos risco de ter o mesmo diagnóstico, segundo um estudo da Universidade de Medicina de Pittsburgh, nos Estados Unidos.

O estudo envolveu 106 adolescentes, 46 dos quais foram diagnosticados com transtorno depressivo. Os pesquisadores chamaram os participantes de cerca de 60 vezes durante cinco finais de semana, por mais de dois meses, e pediu-lhes para relatar se estivessem usando qualquer um dos seis tipos de mídia: jogos, filmes, música, internet, revistas, jornais e livros.

Os pesquisadores descobriram que os jovens que foram expostos a mais tempo de música tiveram 8,3 vezes mais probabilidade de ficar deprimido. No entanto, aqueles que leram livros por mais tempo mostraram um décimo menos de chance de ser tornarem deprimidos. A exposição aos outros meios não se associaram a depressão, explica o autor do estudo Brian Primack, professor de medicina e pediatria da Escola de Medicina de Pittsburgh.

- Neste momento, não está claro se as pessoas deprimidas começam a ouvir mais música para escapar, ou se ouvir uma grande quantidade de música pode levar à depressão, ou ambos. De qualquer maneira, estes resultados podem ajudar os médicos e os pais a reconhecerem relações entre a mídia e depressão. Primack vê com bons olhos o fato de a leitura não ter sido associada à depressão.

- Também é importante que a leitura tenha sido associada com a menor probabilidade de depressão. Isso vale ser ressaltado, pois em geral, nos Estados Unidos, a leitura de livros está diminuindo, enquanto quase todas as outras formas de uso de materiais estão aumentando.

O transtorno depressivo, também chamada de depressão clínica, é a principal causa de incapacidade no mundo. Seu início é comum em adolescentes e é costuma afetar um em cada 12 adolescentes, de acordo com o National Institute of Mental Health.


R7

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